Sou uma daquelas pessoas que consegue passar horas sentada em um lugar olhando para os outros e me perguntando, como eles vivem, quais são as suas histórias, qual tipo de som eles curtem? Sempre tive mais curiosidade pelos modificados, as suas tatuagens nos contam histórias ou são apenas uma questão de estética? Perguntas e mais perguntas, levando em conta que tenho tatuagem e alargador sei bem como isso retrata alguns momentos da minha vida e como podem influenciar em outros.
Movida pela curiosidade fui pedir ajuda a dois amigos, Bruno ( @Oituiterdobru) e Michel (@Mf_Michel), fiz perguntinhas bestas, querendo saber como eles começaram com as modificações, se isso atrai a mulherada (atrai os homens, falo com conhecimento de causa) e lógico sobre o preconceito, pode parecer bizarro mas os dois garotos que nunca se falaram me deram respostas extremamente parecidas e se eu tivesse que responder as minhas perguntas diria exatamente a mesma coisa que eles, seria isso algum tipo de carma de tatuagem?
Então vou começar falando sobre a incrível jornada do Bruno, esse lindão confessou que antes de chegar até aqui ele tentou experimentar vários estilos, de rap a funk, quando com 17 anos resolveu tomar vergonha na cara e escutar música de macho (funk é coisa de popozuda.), isso não tem nada com o assunto, só queria comentar que ele foi funkeiro, enfim, 2005 foi um ano de mudanças para o nosso colega, começou a reparar na galera com piercing na língua, nariz, lábio e começou aquela leve admiração acompanhada de uma vontade, na hora de colocar a primeira jóia a ansiedade bateu, friozinho na barriga e seguido por um ato de adolescentes falidos e estúpidos ele lançou o seu primeiro piercing no lábio na casa de um amigo, que por sinal não trabalhava com isso, e lógico, hoje com 23 anos ele não recomenda para ninguém fazer essas doideras, quer furar? Vá ao estúdio!
Eis que surge aquela história, colocou o primeiro você toma gosto pela coisa e não para mais, esse rapaz já chegou a ter 12 piercings no rosto, hoje está apenas com 10, mas o vicio continua, já esta se coçando para lançar mais alguns, por outro lado em temos de tatuagens ele não se empolgou tanto, apenas com o peito e dedos tatuados nos conta já sofreu bastante por esse estilo, afinal nem sempre as pessoas te olham com bons olhos, no inicio não sabia levar, mas com o tempo foi pegando a pratica e domando todo esse preconceito “ mais agora quando alguém vem conversar comigo com algum ar de preconceito eu não levo a mal todos tem suas opiniões eu apenas tento conversar pra essa pessoa ver que eu não sou um "monstro".”
Já na questão mulherada, o sucesso aumentou, ele nunca foi de chamar muito a atenção das menininhas, mas conforme foi aprimorando o seu estilo as “Maria-Agulha” foram aparecendo, começou a ir para shows e até mesmo trabalhar na staff de algumas baladas alternativas de SP, e nesse ritmo sempre voltava para casa com algum contato novo.
Por outro lado o Michel começou a sua jornada assim que alcançou a sua maior idade, sempre preferiu ver as cores na pele a no papel, sem pensar duas vezes foi logo tatuando a perna, e como ele diz o “bagulho” viciou, um ano depois já estava rabiscando a outra perna, depois disso ele deu uma sossegado, parou para pesquisar os desenhos, pensou bem no que ia fazer no braço, se você está pensando que ele manda tatuagens pequenas está errado, se empolgou e foi logo fechando o braço direito, nos contou também sobre a curiosidade das pessoas e como ele quer sair rolando de rir quando alguém vem perguntar se doeu, lógico que dói, são agulhas, mas para quem gosta e quem tem sabe, é uma dor que vale a pena e esse lindão ainda nos avisou sobre a cicatrização, todo cuidado é pouco, muitas pessoas ficam sem paciência e acabam negligenciando aquilo, estragando o trabalho e o próprio corpo “Se vai fazer, CUIDA!”
Mas, como todos, ele não é apenas um corpinho cheio de cores, ele tem piercings na boca, língua e nariz e para dar um charme três alargadores, quando jovem era mais ligado nessa coisa de perfurações, conforme foi amadurecendo resolveu focar nas tatuagens, sofre preconceitos sim, afinal sempre nos deparamos com alguma pessoa que não entende a nossa arte e adora falar besteiras , como ele diz “Uma pessoa que não se abre para a liberdade de expressão que rola quando você faz uma tatuagem”, mas sempre muito carismático tira de letra a ignorância alheia. Quanto a mulherada, é meio suspeito falar desse cidadão afinal alem de atrair as “Maria-Agulha” ele atrai as “Maria-Palheta”, confessou que às vezes em um papo sobre tatuagem e afins rola uma aproximação, mas como tudo nesse vida tem mulher que ama e mulher que odeia.
“Se tem um conselho que eu posso dar pra quem ainda não fez e quer fazer, é que pense bem no desenho, sem se afobar. Pesquise muito sobre, escolha o que for a sua cara, e faça mesmo !”
@AnnaVicking
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